sábado, 20 de fevereiro de 2010

O que não nos mata torna-nos mais fortes.

A.




Eu hei de prometer a mim mesma que não me vou preocupar, distraindo-me com as minhas coisas, não pensando nos erros do passado, não pensando nos teus jogos que parecem não ter um fim.

Eu abraço-me constantemente nas minhas balas e nunca me consigo por um fim. Tento, tento. Tento vezes sem conta.

E tudo porque não me consigo esquecer de ti, eu não me quero esquecer de ti.Mas tenho que lutar, não quero que venças. Não quero.

Estou desgastada de tantas mentiras, esgotada de lutar contigo sabendo que nunca nada irá mudar.

Chegaste-me a perguntar onde estava o meu coração, ao qual te respondi que o atirei , atirei-o ao mar e lá ficou á deriva.

E neste momento olho para ele, as ondas vão e eu espero que elas voltem, mas elas nunca voltam.

Passo o dia a contar 1,2,3.. conto até me ir abaixo, quebrando-me tal e qual vidro, com aquele som profundamente alto que nos penetra tão intensamente a mente.

E tu não estás a entender o sentido disto, andas á volta disto.

E eu estou a tremer porquê?

Continuo a contar 1,2,3..

FAZ BARULHO! Quebra este silêncio!



Não te preocupes, isto não dura para sempre, eu própria me vou pôr para cima. Ai poderei dizer que já te esqueci, sem qualquer quebra e tudo o que me disseres não me irá magoar.

Tudo isto á minha volta me faz aprender. tudo o que isto tem de bom e de mau me irá fazer rir!

Tudo o que eu quero é não ficar obececada contigo, mas estou, estou todo o tempo. Eu tento, juro que tento fazer o meu melhor. Afasto-me de tudo e fecho-me numa caixa, mas mesmo assim apareces sempre, como se gostasses de gozar comigo.

Nós não ficaremos juntos, porque nós não nos mereçemos.

Mas eu estou obececada por ti.

É uma solidão miserável, podre e eu nunca quis isto. Então porquê? Mas porquê? Como porquê? Onde porquê? Quando Porquê? Porquê porquê?

Mas de qualquer maneira eu vou ficar bem.

O que não nos mata torna-nos mais fortes.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Encontrei este texto deprimente num caderno qualquer que tinha no quarto.