domingo, 28 de fevereiro de 2010

E a ti te agradeço minha eterna Televisão


E a ti te dedico quase todos os meus domingos. És a minha melhor companhia neste dia.
Asério, não vejo nenhum objecto que te possa substituir neste dia.
Deixas-me entretida e as horas passam e eu nem as vejo. O que é bom.
Por vezes mostras coisas que não me agradam, mas mesmo assim fico contigo, como uma amiga ficaria. Uso-te até mais não.
E só penso mesmo em separar-me de ti quando não aguento mais o sono e me deito na minha cama, que também é uma grande amiga minha.
Oh minha querida, que sorte que é ter-te comigo.
Amo-te para todo o meu sempre e prometo ligar-te todos os dias.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

E quem não gosta de literatura erótica?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Era a porta. Alguém estava a bater.
Começei a sentir-me quente, já suspeitava quem poderia ser, mas tinha esperança que fosse a minha mãe. Mas não era. Era ele, com uma cara muito rigida e séria. Eu baixei o rosto como se estivesse com vergonha de alguma coisa.
Perguntou-me se tinha algum carregador que desse para o seu telemovel. Não tinha, e assim lho disse. Um silêncio apodereou-se da sala. Ficámos ali, como pedras a olhar para a televisão. Sem um simples toque, sem uma simples troca de olhares.
Eu estava a sentir-me sufocada, quente e fria. Até que ele decide quebrar o silêncio dizendo: "qual é o teu problema? Se tens alguma coisa a dizer que seja agora." A pior parte estava a começar. Olhei para ele e disse "não se passa nada." como uma cobarde diria. Virei-me para a frente para que não pudesse ver as minhas lágrimas a escorrer pela cara.
"Sou tão idiota, arranja-me a merda de uns colhões e diz o que tens a dizer, foda-se!"pensei.
Entretanto, ele quebrou-me estes meus pensamentos para me dizer que o meu comportamento levou á situação em que nos encontravamos, que se eu fosse diferente as coisas corriam melhor. Isso pareceu-me suficente para gerar uma discussão. Gritei como nunca tinha gritado, senti todas as minhas veias do corpo a palpitarem. Senti as orelhas a arder e sei lá mais o quê.
Fui a correr para o meu quarto e enquanto fechava a porta gritei que nem uma besta sem educação "puta que te pariu foda-se." e fechei a porta. Isto não é normal, nunca na minha vida me tinha exaltado tanto, senti-me mal. Deitei-me na cama e fechei os olhos. Ele lá apareceu, como faz sempre, para resolver as coisas e pôr uma pedra no assunto. Mas ficou só a olhar para mim com cara de cachorrinho abandonado e eu não queria isso. Queria que me gritasse, que me abana-se, que dissesse que nunca mais queria estar comigo. Mas não. É demasiado bonzinho para fazer isso.
Não aguentei. Corri para a sala, para poder pensar, agir de forma decente. Eu tinha de me acalmar.
Sentei-me no chão em frente ao aquecedor e fiquei a olhar para a televisão. Ele lá aparece, como eu já esperava. Sentou-se ao meu lado.Começei a chorar. Puxou-me para me encontar a ele, mas eu não consegui.Foi como se as mãos dele me estivessem a provocar choques eléctricos.
Olhei para ele várias vezes com as lágrimas nos olhos e ele parece que estava a adivinhar o que a minha boca não conseguia dizer. Foi então que milgrosamente arranjei uns colhões e disse que era melhor nos afastarmos por um tempo. A cara dele... Ficou perdido. Começou a respirar de maneira acelarada, levantou-se e andou de um lado para o outro, como se estivesse muito nervoso.
Pedi que se sentasse, lá o fez, e disse que ele era a pessoa mais espectacular que eu podia conhecer, que era uma sorte ter alguém assim na minha vida, mas era preciso muito mais que isso.Eu estava a abdicar desta perfeição de homem. Não era justo.
Olhámos um para o outro durante uns instantes, foi intenso. Deitei-me no colo dele e ele acariciou-me a cabeça. Assim ficámos. Depois diz uma piada, o que é muito típico dele, e rimos ali, como só aquele momento importa-se e tudo o resto parecia não ter acontecido.
Disse-me "nunca vou amar ninguém assim."
Abraçamo-nos e beijamo-nos, como se nunca mais nos fôssemos voltar a ver. Abri a porta da rua, o meu coração apertou, e ele lá foi pela rua escura de mãos nos bolsos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

eu sinto, eu quero

Eu tenho uma amiga. Uma amiga que ninguém conhece. Ela não tem um pai nem uma mãe. E nem sequer algum dia nasceu. Não fala, não ouve e muito menos vê.


Mas é uma amiga.

Ela viaja muito. Corre todos os cantos, descobre todos os promonores. Ela vai de sitio em sitio, sem ter grande preocupação com o destino.

Ela já viu tudo, mas nunca niguém a viu a ela.

E ela é feliz.

Há pouco senti-a pousada numa árvore a escrever muito depressa como se tivesse medo que as ideias lhe fugissem.

Sim, ela não fala, não ouve e não vê. Mas escreve. Aliás sempre me fascinou a maneira de ela escrever.

Ela escreve tudo.

Sinto sempre quando ela vai nas suas viagens, oiço as suas chinelas fazerem tik tak constantemente. Passo o dia a ouvi-las, pois ela está sempre nas suas viagens.

Uma dia senti que me levaria consigo, e continuo á espera desse dia.

Fico sentada horas a fio á espera que regresse, para me poder levar na viagem seguinte. Mas sempre que regressa parte logo de seguida e não consigo sentir-me a agarrar-me a ela.

Então aqui fico, no mesmo sitio, sem grande coisa para fazer. e mesmo que tenha alguma coisa para fazer não é a coisa que eu quero fazer.

O que eu quero é poder sentir-me nas viagens com a minha amiga.

Não quero mais dizer as palavras do costume. Não quero dizer um bom dia nem um até amanhã. Não quero sorrir, nem quero obedecer a ninguém. Não quero deitar-me a horas decentes, nem ter que mudar os lençois da cama. Não quero nem sequer ter que tomar banho ou pôr cera nas pernas. Não o quero, porque simplesmente não quero fazer o que é bem parecido.

Eu não quero ser só um ser, quero ser um bilião de seres, todos diferentes, todos lindos, todos únicos.

Exagerado, o que sinto que quero?

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Como Hoje

E foi então a sensação que tive.
Poderia perfeitamente aproveitar melhor as minhas tardes de domingo, usando-as para fins mais memoráveis.
Como hoje.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O que não nos mata torna-nos mais fortes.

A.




Eu hei de prometer a mim mesma que não me vou preocupar, distraindo-me com as minhas coisas, não pensando nos erros do passado, não pensando nos teus jogos que parecem não ter um fim.

Eu abraço-me constantemente nas minhas balas e nunca me consigo por um fim. Tento, tento. Tento vezes sem conta.

E tudo porque não me consigo esquecer de ti, eu não me quero esquecer de ti.Mas tenho que lutar, não quero que venças. Não quero.

Estou desgastada de tantas mentiras, esgotada de lutar contigo sabendo que nunca nada irá mudar.

Chegaste-me a perguntar onde estava o meu coração, ao qual te respondi que o atirei , atirei-o ao mar e lá ficou á deriva.

E neste momento olho para ele, as ondas vão e eu espero que elas voltem, mas elas nunca voltam.

Passo o dia a contar 1,2,3.. conto até me ir abaixo, quebrando-me tal e qual vidro, com aquele som profundamente alto que nos penetra tão intensamente a mente.

E tu não estás a entender o sentido disto, andas á volta disto.

E eu estou a tremer porquê?

Continuo a contar 1,2,3..

FAZ BARULHO! Quebra este silêncio!



Não te preocupes, isto não dura para sempre, eu própria me vou pôr para cima. Ai poderei dizer que já te esqueci, sem qualquer quebra e tudo o que me disseres não me irá magoar.

Tudo isto á minha volta me faz aprender. tudo o que isto tem de bom e de mau me irá fazer rir!

Tudo o que eu quero é não ficar obececada contigo, mas estou, estou todo o tempo. Eu tento, juro que tento fazer o meu melhor. Afasto-me de tudo e fecho-me numa caixa, mas mesmo assim apareces sempre, como se gostasses de gozar comigo.

Nós não ficaremos juntos, porque nós não nos mereçemos.

Mas eu estou obececada por ti.

É uma solidão miserável, podre e eu nunca quis isto. Então porquê? Mas porquê? Como porquê? Onde porquê? Quando Porquê? Porquê porquê?

Mas de qualquer maneira eu vou ficar bem.

O que não nos mata torna-nos mais fortes.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Encontrei este texto deprimente num caderno qualquer que tinha no quarto.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Que mais posso pedir eu?

"Não vale a pena vires trabalhar, bom fim de semana, até segunda!"

De certo modo não estava com grande vontade. O frio já se fazia sentir e as minhas unhas já estavam roxas.
Senti aquela sensação incontrolável de me aninhar no meu querido sofá.
Passado tantos meses finalmente o meu fim de semana começou na mesma altura que o das minhas amigas.
Fiquei supreendida pela sorte desta tarde.
De manhã a coisa não tinha corrido bem. Saí de casa tarde o que me fez atrasar cerca de 10 minutos e esse atrasado de 10 minutos levaram a que apanhasse uma chuva de 10 minutos. E Como tinha esticado o cabelo, não gostei da brincadeira e fiquei logo a pensar ''isto só a mim!'' e coisas do género.
De qualquer maneira entro na escola sempre com classe.
Voltando ao momento do fim de semana mais cedo, quando pus a chave á porta e a destranquei comecei logo a sentir aquele quentinho que é tão característico do meu doce lar.
Mas quando entendi que o almoço não era grande coisa, fiquei menos motivada. Era uma daquelas mexórdias típicas da minha mãe, coisas essas que toda a gente que cá vem adora e eu detesto.
Entretanto, lá comi aquilo.
Olhei-me ao espelho a ver se estava penteada e minimamente bonita.
Até aqui a rotina normal...
Depois, lembro-me que tenho uma vida para salvar.
A minha querida gata tinha tido,supreendentemente, um mini gatinho meio torto e um pouco irritante. Recusava a aceitá-lo como filho. O gato encontrava-se tão gelado que tive que rapidamente agir.
Decidi então ligar o aquecedor, aquecer uma manta e pôr á volta do mini gatinho. Pareceu-me a mim que ele estava mais quentinho passado alguns minutos, mas continuava a miar de uma forma realmente irritante. O que fiz? lembrei-me que a minha mãe costuma ter algumas seringas no frigorifico para os diabetes ou coisa assim do género. Pequei num pouco de leite, coloquei-o numa taça, misturei-lhe água e puf, absorvi o líquido para dentro da seringa, enfiei na boca do mini gatinho e obriguei-o a beber. Ele lá bebeu um pouco, mas fazendo com que maior parte do liquido se derrama-se pelo seu focinho abaixo.
A minha mãe chegou. Trouxe-me um bolo de chocolate, bolo esse que me deu uma ideia. Um gatinho tão frágil como aquele precisava era de energia. O que faço? Pego num minusculo bocadinho de bolo, abro a boca do mini gatinho e pumbas meto o bocadinho lá para dentro. Até agora ainda não entendi se chegou realmente a comer, mas penso que sim, pois não pára de se movimentar de um lado para o outro. A mãe continua a rejeitá-lo e mesmo assim está com ar de quem é feliz.
Com isto, dei com a minha mão ao telefone muito nervosa e eu só pensava na minha irmã. O meu cérebro achou que eu devia correr até á secundária de mem martins para ver se ela estava bem. Mas tinha-me engando, a minha irmã estava bem, quem não estava era uma amiga da nossa familia.
Ela veio ter a nossa casa e foi dificil para mim ver o estado lastimável em que ela se encontrava, O meu coração parecia que tinha vontade de saltar á corda, não sossegava e o meu corpo aqueceu repentinamente. Ficámos com ela até se acalmar para nos poder contar o que se estava a passar. Tinha sido despedida e estava completamente destroçada, sem saber o que fazer. Imaginei-me naquela situação e só me deu vontade de chorar.
Como boas amigas que somos contámos-lhe anedotas e fizemos figuras parvas, e por muito estupido que se pareça, a verdade é que resultou e lá estava ela a sorrir para nós.
Não foi um dia bom, mas tambem não foi mau. Foi um dia mais ou menos e sempre tive a oportunidade de fazer alguma diferença na vida de um gatinho e de uma amiga.

Que mais posso pedir eu?